segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Pretérito-mais-que-IMperfeito!

Sendo nós meras criaturas habitantes deste pequeno grande planeta, penso que deveriamos ir todos mais além. Não digo para sermos mais do que aquilo que achamos ser, pelo contrário, acho que está na hora de nos colocarmos no nosso sítio.
Somos racionais, temos a capacidade de pensar naquilo que fazemos... ou então não! A complexidade e genialidade(?) que a nossa massa cinzenta atingiu, levou-nos a atingir níveis nunca antes vistos na história do planeta Terra. Planeta esse que está cada vez mais em perigo, devido a esses elevados níveis de inteligência que nos catapultaram para uma realidade cada vez mais imperfeita.
No início, qualquer invenção era genial. A roupa, o fogo, a roda... o microondas! - Calma, não estou a dizer que tudo é negativo. De facto, algumas invenções trouxeram grandes vantagens, basta ver pelo facto de este texto poder ser lido em qualquer parte do mundo. Podendo qualquer pessoa, esteja onde estiver, ficar a conhecer a nossa magnífica triste sina - Agora, aqueles que já se deram conta da real situação e do não-futuro do planeta apelam para aquilo que eu chamo de "regressão da modernidade". Ou seja, é preciso recuar em alguns planos para que a vida na Terra não seja completamente comprometida. Agora eu pergunto: depois dos níveis de conforto e qualidade de vida atingidos até agora, será possível convencer uma humanidade inteira e cega pelo "eu quero, posso e mando" de que não podemos continuar assim?
Caríssimos, não é preciso ter a inteligência de Leslie Groves e Robert Oppenheimer (mentores das fantásticas armas nucleares) para responder a esta pergunta: NÃO! Nós chegamos a um ponto onde já não podemos voltar atrás... e caso só pensemos no "hoje", as próximas gerações serão as grandes vítimas disto. E isso levanta-me uma questão: Devo ficar feliz por já não estar aqui quando a decadência humana levar ao fim da vida terrena ou devo ficar triste por esse "2012" poder ser no tempo dos meus netos??
Bem, acho que está na hora! Não de mais e novas invenções, mas sim de duras e realistas reflexões. Palavras não mudam mentalidades, textos não mudarão o mundo. Mas pelo menos fico com a consciência de que dou a conhecer a triste realidade deste mísero local dum canto do universo...
A minha consciente ingenuidade leva-me a crer que ainda poderemos ir a tempo... hoje! Amanhã não sei...

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