sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Esqueletismo

Teoricamente, o que nos guia, aquilo que determina as nossas acções é o nosso cérebro. A parte mental do nosso corpo é a responsável pelos nossos actos. Embora não consigamos controlar o pensamento, teoricamente controlamos aquilo que fazemos e dizemos. Mas isso é na teoria...
Na prática, quem manda é o nosso lado sentimental, normalmente representado simbólicamente pelo "coração". Isto é um dos jogos mais complicados do ser humano e onde só os melhores saem vencedores. Muitas vezes não conseguimos controlar os nossos próprios movimentos, já nem falo do ritmo cardíado! Refiro-me apenas à parte física exterior. O nosso coração leva-nos a ter atitudes que o nosso cérebro reprova, mas que podemos nós fazer? Quem manda não é a sensatez, é a estupidez! Uma estupidez fabulosa e quente por vezes e ignorante e emaranhada outras tantas... mas é isto que nos faz sentir vivos. Aquilo que temos que perceber é que nós não somos responsáveis por aquilo que sentimos por determinada pessoa, mas sem dúvida somos os responsáveis por aquilo que essa pessoa nos faz sentir.
A manipulação é algo que deve ser remetido apenas para a ciência de laboratório, não devendo intervir na ciência do amor. Se formos perspicazes o suficiente para encontrar um equilíbrio entre mente-coração, conseguimos evitar muitas situações negativas e arrasadoras para nós.
É ponto assente que ninguém consegue evitar certas mudanças do ritmo cardíaco ou até mesmo o fugir de um simples e fugaz sorriso. Portanto, devemos seguir sem medo na estrada do amor sem medo de onde ela nos possa levar... sem dúvida! Mas devemos ter como berma dessa estrada uma forte capacidade psicológica para conseguir superar certos derrapes que esse caminho pode provocar. Este é o ponto fundamental!
É certo que não controlamos, mas podemos e devemos saber direccionar o flamejo de determinadas intempéries. Porque sentir é estar vivo...

Eu não sei se estou vivo, mas sei que já estive. E recordo com melancolia esses momentos... olho para trás com saudade, mas ao mesmo tempo encho o peito de ar para enfrentar o futuro que apesar de tudo acredito que vá ser alegremente perturbador. É para isso que cá estou. Quero sentir aquilo que nunca senti, anseio experiências obscuras, fortes! Só assim me sentirei vivo.
Eu não sei se alguma coisa disto que acabo de vomitar tem lógica, mas é o que me apercebo das experiências que recolho à minha volta. Sinceramente, espero mudar de ideias... Quem me dera daqui a 2, 3 ou até mesmo 10 anos chegar aqui para apagar este texto por nada disto fazer sentido.
Eu não sei, mas era sinal que eu tinha sentido... no fundo, eu só quero evoluir. A monotonia incomoda-me e falta de dinâmica vivêncial assusta-me. Se eu nunca chegar a apagar esta mensagem, é porque morri intelectualmente com apenas 20 anos... se assim for, ao menos que descanse em paz neste meu lúgubre mundo.

Sem comentários:

Enviar um comentário